Decisão do MAPA possibilita retomada de expansão da raça Devon

A liberação do trânsito de bovinos e bubalinos entre o Rio Grande do Sul e os estados do Paraná e do Bloco I, que inclui o Acre, Rondônia e regiões do Amazonas e do Mato Grosso, trouxe expectativas positivas para os pecuaristas gaúchos. A medida, anunciada no dia 3 de junho pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento possibilita a retomada de negociações importantes para o setor, como a comercialização de gado em pé.

Segundo a Secretaria Estadual da Agricultura Pecuária e Desenvolvimento Rural, aproximadamente 50 por cento do gado em pé são negociados com o mercado paranaense. O trânsito de bovinos e bubalinos estava impedido desde dezembro passado.

“Ficamos meses sem negociar animais com o Paraná, então é muito boa essa retomada, tanto para os produtores rurais quanto para a ABCDevon”, afirma Gilson Hoffmann, vice-presidente comercial da Associação Brasileira de Criadores de Devon. “Além da comercialização de terneiros em terminação e de animais de alta genética, poderemos voltar a participar de eventos agropecuários importantes, como a Expoingá. Estivemos em duas edições do evento em Maringá, que nos trouxeram novas possibilidades. É um mercado em que estamos entrando e sendo muito bem recebidos, oportunidades que podem trazer maior visibilidade para a raça Devon no Paraná”, diz Hoffmann.

Status sanitário – A exemplo do Paraná, o Rio Grande do Sul está em fase de transição para obter o status sanitário de zona livres de febre aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal – OIE. O que diferencia os dois territórios é que o rebanho paranaense recebeu a última dose de vacina em outubro de 2019 – enquanto o gaúcho encerrou a imunização em abril deste ano – e por isso está à frente no cumprimento dos requisitos necessários, motivo pelo qual havia o trânsito estava suspenso desde dezembro. As únicas exceções eram para os que seriam abatidos ou para cruzarem o território). Desde 2007, Santa Catarina é a única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil. Em agosto, uma auditoria do MAPA deve avaliar a condição sanitária do Rio Grande do Sul, que tem rebanho de bovinos e bubalinos de cerca de 13 milhões de cabeças. Hoje, atravessar o estado vizinho com bovinos e bubalinos só é possível pelos cinco corredores sanitários existentes, onde os caminhões são lacrados ao entrar em território catarinense e, posteriormente, retirados ao passarem na divisa com o Paraná.

A liberação traz boas perspectivas, também, na visão de Simone Bianchini, presidente da ABCDevon. “Nossos animais têm como uma das principais características a adaptabilidade. Assim como se dão bem na Serra catarinense, no Pampa gaúcho e nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, com cases de sucesso, se desenvolvem perfeitamente em qualquer região do país. É um grande passo em direção ao crescimento da raça”, projeta.

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Foto: Studio Sigales